F. Costa Andrade

Membro do MPN, CPLGSP e ONE

A República das/dos bananas

Depois de passar muitos anos sem entender muito bem o alcance e o significado da expressão “A república das Bananas” vulgarmente usada para caracterizar situações de anarquia, patetice, irresponsabilidade, desorganização ou incompetência, tive a sorte de estar por cá no passado mês de fevereiro e, perante a maneira vergonhosa como foi conduzido o apuramento dos resultados da votação dos emigrantes no circulo da Europa, aperceber-me da enorme desgraça que bateu à portado do meu país ao colocarem o seu destino nas mãos duma classe de políticos, na sua generalidade uns autênticos bananas, a


Crianças hoje: sem solução à vista, a mesma questão de sempre

Mal refeito da emoção, volto à morte trágica do Rayan, o menino que um acidente, perfeitamente evitável, precipitou no fundo dum poço, de acesso quase impossível, com mais de trinta metros de profundidade.
Passaram poucos dias e, não obstante a enorme cobertura mediática que lhe foi dada durante o terror e a agonia que o menino sofreu sozinho durante a tentativa inglória para o resgatar com vida das entranhas negras e traiçoeiras da terra em que caíra, e… já parece que nada aconteceu.


Da morte do Rayan, à exploração repugnante da morte dum inocente

Na primeira semana deste mês de fevereiro de 2022 meio mundo parou, suspenso das notícias que, em catadupa, foram chegando de Marrocos, dando conta da tragédia aterradora, protagonizada por uma criança, de apenas cinco anos de idade, lutando pela vida no fundo dum poço de mais de trinta metros de profundidade, cujo diâmetro variava entre os vinte e quarenta centímetros, condições que, à partida, faziam prever um resgate nada fácil, altamente problemático e de resultado imprevisível.


Eleições 2022, “Triteirada”* à Portuguesa em três atos

1º ATO
Desengonçada e morta a geringonça, o destino fatal a que sempre esteve condenada, os pais, padrinhos e tutores daquela espécie de nado morto, ainda o cadáver jazia quente na cama em que o abandonaram e, como um bando insaciável de aves necrófilas, correram a fazer partilha dos despojos, reivindicando uns os valores e os direitos da herança, enquanto deixavam para os compinchas do dia anterior as culpas da crise que provocaram e para o país o ónus de satisfazer as suas ambições pessoais e os seus interesses de grupo.
2º ATO


A Constituição e as Eleições Legislativas: o arriscar o direito à vida por um voto

NOTA PRÉVIA:
Na impossibilidade técnica de colocar a “bolinha vermelha”, aviso que este texto pode escandalizar os leitores mais sensíveis, sobretudo os indefetíveis e mais devotados “constitucionaleiros”, da nossa praça, alguns deles precisarem de volta à escola para aprenderem a ler e compreender o português.


Quem fomentou, (e para quê) A “Almirantada” Mendes Calado/Gouveia e Melo?

Na minha crónica, sob o título “ Batalha Naval…num mar de equívocos”, publicada neste jornal no dia 7 do passado mês de outubro, sobre tentativa rocambolesca, (para não lhe chamar outra coisa) de substituição do então Chefe do Estado Maior da Marinha almirante Mendes Calado, em pleno exercício das funções em que fora investido, pelo contra almirante Gouveia e Melo, que poucos dias antes tinha deixado as funções de coordenador do processo de vacinação contra o Covid-19, por falta de informação, procurei fazer a análise possível desse processo nebuloso, que tanta polémica levantou na soci


Atualidade política definitivamente, todas as cartas estão sobre a mesa

Com a realização do 43º congresso do PSD, nos passados dias 17 a 19 de dezembro, não obstante o natural envolvimento das pessoas na preparação das festas do Natal e do Ano Novo, contra tudo o que seria espectável, gerou-se uma súbita e inusitada vaga de fundo que, apanhando de surpresa todos os principais atores da cena política nacional de todos os quadrantes, os obrigou a redefinirem-se e a reposicionarem-se em função das eleições para a Assembleia da República do próximo dia 30 de Janeiro de 2022.


Assinaturas MDB