F. Costa Andrade

Membro do MPN, CPLGSP e ONE

Da Emergência à Calamidade

Como estava mais ou menos previsto, depois de cumpridos três períodos sucessivos de estado de emergência, à semelhança do que se fazia antigamente aos meninos que se portavam bem, como se o COVID-19, por si só, não fosse já calamidade a mais, fomos agora premiados com o rebuçadinho do estado de calamidade.


E tudo o vírus levou, no ruir das ilusões do “País do faz de conta”

É assustador constatar como um simples vírus, que ninguém sabe como é nem donde veio, em meia dúzia de semanas, pôs tanta coisa em causa. Abalou perigosamente os alicerces mais profundos de toda a humanidade e, se não for travado rapidamente, poderá reduzir a cinzas todo o progresso e o desenvolvimento conseguido pelas civilizações que, durante tantos milénios, moldaram a face da terra, e se encontram agora confinados às suas casas, esperando que a ciência lhes devolva a esperança.


PORQUE OS FINS PODEM JUSTIFICAR OS MEIOS, Se não for à palavra, terá mesmo de ir à estalada.

Por muito que custe reconhecê-lo, a atual situação sanitária do país está muito longe de ser fácil e as perspetivas de melhorar a curto prazo não são nada animadoras. Dia após dia, é cada vez mais preocupante o ritmo de crescimento do número de infetados e de vítimas mortais causadas pelo COVID-19, sendo muito mais preocupante a manifesta impotência da ciência que, não obstante o enorme esforço e a qualidade dos investigadores envolvidos na investigação e os milhões investidos, não consegue descobrir a vacina para evitar a contaminação, nem o remédio para a curar.


E Agora?

Por mais que custe a aceitá-lo, é impossível escamotear que a humanidade enfrenta um dos maiores, se não mesmo o maior, dos desafios de sempre quando, de um dia para o outro, se viu confrontada com esta pandemia assustadora, desencadeada pelo aparecimento súbito e, para já, totalmente incontrolável do coronavírus - COVID-19 que, se não for travado urgentemente, pode transformar-se numa hecatombe inimaginável e brutal, capaz de a fazer ruir como um castelo de cartas.


Ainda a “Não Visita” do Sr. 1º Ministro a Vimioso

Se fosse escrito hoje, ao título do meu comentário publicado no Mensageiro de Bragança da semana passada, muito provavelmente teria acrescentado como subtítulo: “SENHOR 1º MINISTRO, MUITO OBRIGADO PELA SUA AUSÊNCIA”.
Nos dias que se seguiram à tal não visita, acompanhei atentamente a cobertura dada pela comunicação social à atividade da comitiva dos vinte e três governantes nas nossas terras, tentando assim aperceber-me do interesse e do real impacto da gigantesca campanha em que todos se desdobraram.
Da análise realista dos elementos coligidos, ressalta apenas que:


Indesculpável falta de respeito para com as gentes das Terras de Vimioso

Pelo respeito e pela consideração que me merecem as páginas do Mensageiro de Bragança e os seus leitores, isto é o mínimo que se me oferece dizer para classificar a falta de respeito, quase a roçar o desprezo, com que foram tratadas as gentes do concelho de Vimioso, no passado dia 27 de Fevereiro, redundando num lamentável fiasco a prometida, agendada e muito propalada visita do primeiro ministro Dr.


Orçamento do Estado - tudo, (e todos), por um prato de lentilhas!

Para fazer a síntese perfeita do que foi o longo, fastidioso e quase inútil processo de elaboração do Orçamento do estado para 2020, nada melhor que lembrar a história bíblica da venda do direito de primogenitura por um mísero prato de lentilhas, venda que, ao contrário do Orçamento, se outro mérito não teve, pelo menos terá servido para aconchegar a barriga do esfaimado vendedor.


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