Edite Estrela

AS MÃES DA EUROPA

Os “pais” fundadores da unidade europeia são conhecidos. Os nomes de Robert Schumann, Jean Monnet, Konrad Adenauer, Alcide De Gaspari, Altiero Spinelli e Paul-Henri Spaak estão gravados na pedra, consagrados em livros, documentários e filmes, deram nome a ruas, edifícios e salas, são estudados em centros de investigação, universidades e institutos. São lembrados e celebrados. E as “mães” fundadoras da Europa? Será que sem o idealismo, a força, e a determinação de Ursula Hirschmann, Louise Weiss e Anna Lindh, para referir apenas três, o projeto europeu teria sido o mesmo?


Todos conta o vírus

alvar vidas é a prioridade. Desde o aparecimento do coronavírus que assim tem sido. Reforçando o orçamento do SNS, contratando recursos humanos, adquirindo equipamentos, alargando o número de camas, recorrendo aos setores social e privado sempre que necessário e possível, trabalhando em rede e de forma coordenada com a União Europeia, ouvindo os cientistas, tomando a difícil decisão de confinar e desconfinar, de fechar e abrir, procurando acorrer a todos e não deixar ninguém para trás.


Nós e a Europa

Há poucas semanas, Portugal vestiu-se de luto e prestou a última homenagem a Eduardo Lourenço, “um poeta do pensamento”, nas palavras de Lídia Jorge, o maior ensaísta português do nosso tempo, um europeísta convicto que não se conformava com a desvalorização da Europa e da sua Cultura. Para o autor de Nós e a Europa ou as duas razões, a Cultura europeia, de difícil definição, é a “cultura das diferenças ao longo da sua História”. Cultura que é tanto de Platão como de Shakespeare, de Miguel Ângelo como de Bach, de Montaigne como de Mozart, de Picasso como de Camões.


Férias em tempo de pandemia

Verão rima com descontração. Férias significa sair de casa, alterar rotinas, ir para a praia ou para o campo, cá dentro ou além fronteiras, não ter horários nem obrigações, conviver, passear, ler, fazer o que nos apetecer. Era mais ou menos assim, com variações de grau, quantidade e qualidade. Era, mas já não é. O coronavírus chegou e a nossa vida mudou. Há férias, claro, é um direito constitucional, mas com novas regras e algumas restrições. Depois da clausura forçada, ansiávamos por liberdade.


Uma questão de vida ou de morte

Este título foi inspirado num artigo publicado em Social Europe, em que se faz a apologia do poder no feminino, salientando os autores que os países governados por mulheres tiveram muito menos mortes provocadas pela Covid-19 que os liderados por homens. Não me sinto habilitada a confirmar (ou infirmar) tal corolário, nem é esse o objetivo deste artigo.


Mudam-se os tempos, mudam-se as palavras

De um momento para o outro, a nossa vida levou uma reviravolta de filme de ficção científica. O mundo virou-se do avesso. Ficámos atordoados. Estamos ainda incrédulos. De manhã, quando acordamos, julgamos que foi um pesadelo. E, quando sentimos que até o chão nos foge, queremos crer que não passa de uma partida de mau gosto. Custa tanto acreditar que isto está a acontecer, a nós e em todo o mundo.


Ganhar tempo para vencer o Monstro

A Covid-19 está no centro das atenções de todo o mundo. No centro das nossas preocupações. Seguimos com sofreguidão as notícias nacionais e estrangeiras. Esperamos ansiosamente pela relatório diário da situação epidemiológica. Lemos tudo, incluindo fake news, outra espécie de vírus das sociedades contemporâneas e também ele letal. Acompanhamos ansiosamente os progressos dos investigadores. Partilhamos as reflexões dos especialistas. Procuramos quem nos esclareça e ajude a pensar.


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