Edite Estrela

Cofres cheios com bolsos vazios

A ministra das Finanças, muito ufana, veio anunciar urbi et orbi que tem os cofres cheios. Afirmação completamente disparatada e que revela uma enorme insensibilidade social. Em primeiro lugar, os cofres estão cheios de dinheiro emprestado que custa caro aos contribuintes. Em segundo lugar, os portugueses foram esbulhados das mais diversas formas pelo governo e ficaram de bolsos vazios. Em terceiro lugar, os cofres estão cheios e o governo reduz o investimento público, verdadeiro motor do investimento privado, sem o que não haverá crescimento económico.


UM MUNDO ESTÉRIL

 “Um mundo em que as mulheres são marginalizadas é um mundo estéril”, afirmou o Papa Francisco no passado domingo, Dia Internacional da Mulher. Ora, as estatísticas confirmam que assim vai o mundo, uma vez que as mulheres continuam a ser diariamente discriminadas no seio da família, na escola, no local de trabalho, na Igreja e na sociedade em geral. E persistem os preconceitos, os estereótipos e o glass ceiling que as impedem de aceder aos cargos mais prestigiados socialmente e mais bem remunerados, não obstante possuírem elevados graus académicos e experiência profissional.


Como vamos de saúde?

A pergunta é pertinente, quer no plano individual quer no plano do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Mais ainda perante a situação caótica verificada nas últimas semanas. Para mim, a saúde e a liberdade são os bens mais preciosos.  Sem liberdade, não somos cidadãos plenos, pois ficamos privados de direitos fundamentais. Sem saúde, ficamos incapacitados de usufruir do que a vida nos oferece do ponto de vista profissional e pessoal.


Um caso raro de longevidade

O "Mensageiro de Bragança" é uma instituição de Trás-os-Montes. Setenta e cinco anos são muitos anos mesmo na vida de um jornal. Muitos jornais nascem, alguns crescem, mas poucos sobrevivem às atribulações e incertezas de um mundo em mutação acelerada. O  "Mensageiro" é um caso raro de longevidade. Setenta e cinco anos levando notícias e outras "mensagens" à comunidade transmontana. Setenta e cinco anos ao serviço da Informação, da Cultura e da Economia.


Quanto vale a vida de uma mulher

Este título pode parecer provocatório, mas não é. Se olharmos para o que se passa à nossa volta e por esse mundo fora, verificamos que a vida da mulher tem pouco valor. A desvalorização começa em casa e pode terminar no tribunal, e é socialmente tolerada e sustentada em adágios populares. Em todos os continentes, em todas as classes sociais, em todas as idades, no espaço público e no privado, as mulheres continuam a morrer pelo facto de serem mulheres. É certo que as leis têm sido melhoradas e que a intolerância social tem aumentado, mas os resultados continuam muito aquém de desejável.


Vamos mobilizar Portugal

Nos passados dias 5 e 6 de setembro, os militantes do PS elegeram os/as presidentes das Federações e as presidentes dos Departamentos federativos de mulheres. Embora sejam eleições de natureza distinta das eleições primárias, elas não deixam de ter uma leitura também nessa perspetiva. De facto, os resultados representam uma clara vitória dos candidatos apoiantes de António Costa, o que é desde logo um bom sinal para o próximo dia 28, dia em que militantes e simpatizantes do PS vão eleger o candidato do PS a Primeiro-ministro.


Senso e bom gosto

Escrevo no dia de Santo António, o patrono de Lisboa, a luminosa e bonita cidade onde resido. O marido foi festejar o Santo, comer umas sardinhas, beber um copito e confraternizar com os amigos. E eu…aqui estou, em frente do computador, pronta a cumprir o dever (Ai que prazer/ não cumprir um dever, não é Fernando Pessoa?), olhando para a página em branco sem saber ainda sobre que assunto escrever: sobre as inconstitucionalidades do governo e o não recebimento da última parte do empréstimo da Troica?


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