Nestes primeiros dias de desconfinamento relativo, têm aparecido nalguns órgãos de comunicação social, ideias que poderão alguns não acharem interessantes, não indo elas de encontro com o pensamento alinhado e correcto.
Acontece que, talvez por mal dos meus pecados, fui ensinado desde menino, a olhar para o outro lado das coisas, a “levantar as pedras” e, principalmente, a colocar-me no lugar do outro seja ele qual for.
A opinião de ...
A nossa imprensa tem referido muitos casos de violação dos direitos humanos no nosso País, em especial o concelho de Odmira devido à decisão tomada pelo Governo de decretar a requisição civil de habitações privadas para instalar os trabalhadores/imigrantes (doentes covidados) vindos, na sua maioria de países asiáticos e de países do leste europeu.
Trago ao leitor três depoimentos acerca da experiência ‘vivida’ por pessoas concretas que contraírem o SARS-CoV-2 – cujos nomes, como compreendereis, não revelo. Curaram. Felizmente.
Vejamos:
1.ª Doente de 74 anos, do sexo masculino
“Inicialmente, fiquei em casa, pois a minha mulher já fora internada com este vírus; os meus filhos levavam-me a comida a casa; de seguida, fui internado e estive nos cuidados intensivos em coma induzido durante quinze dias.
Esta é uma doença do ‘desamparo’; houve momentos que pensei em deixar-me morrer”.
“La lhéngua ye … la stória biba d’un pobo, l furmiento de la sue bida.”
C. Juyent, Bida i muorte de las lhénguas
Apesar do muito que se disse e escreveu sobre os “festejos”” do Sporting para celebrar a conquista do campeonato nacional de futebol, agora que a poeira tende a assentar, o país tem necessariamente de parar para refletir e, duma maneira fria, séria e desapaixonada, descortinar porque é que o país, em vez de assistir ao que deveria ser uma festa, foi confrontado com uma gigantesca e perigosa demonstração coletiva de insanidade mental e, depois, a todos os níveis, fazer um diagnóstico urgente e rigoroso e aplicar a necessária e adequada terapia.
Alexandre Quintanilha, cientista, fundador do IBMC, no Porto e deputado socialista, em discurso recente, na Assembleia da República, apontou a mentira como o maior inimigo da democracia. Sobretudo nos momentos de crise porque a mentira é sempre assertiva, nunca tem dúvidas e, sobretudo, porque se baseia na ignorância e explora as fragilidades de quem a ouve. É ainda muito perigosa porque esconde interesses poderosos, políticos, ideológicos e económicos.
«Teolinda» afirma-se uma mãe orgulhosa e uma mulher realizada. Manifesta orgulho nos seus quatro filhos e na cumplicidade do seu marido na decisão de deixar de trabalhar para amá-los e educá-los, pelo menos até à adolescência deles. Depois, pensará na sua realização profissional. E tem pena de ter sofrido um aborto involuntário: «constituiria uma equipa mista de futebol de cinco, colocando lado a lado os dois géneros».
A última semana trouxe à tona um cenário para o qual já todos tínhamos sido alertados, o perigo de baixar a guarda no que às medidas de proteção contra a pandemia de covid-19 diz respeito.
O concelho de Bragança, o mais populoso do distrito, concentra, atualmente, o maior número de novos casos e de casos ativos no distrito de Bragança.
Com os limites de 120 casos por cem mil habitantes definidos pelo Governo e Direção Geral de Saúde como limiar para se continuar a desconfinar, o risco de um recuo é grande nesta altura.
Olá Caro amigo.
Hoje começo assim, como quem se dirige a um amigo de longa data, a um amigo fiel. A sabedoria diz-nos que um amigo fiel é um poderoso refúgio, encontrá-lo equivale a descobrir um tesouro, não tem preço, o seu valor é imponderável, é balsamo vital que os que temem o Senhor encontrarão. Por isso o que teme o Senhor faz amigos verdadeiros, pois tal como ele é, assim é o seu amigo [Ecl. 6, 14-17] e, conclui em nota de rodapé a Bíblia de Jerusalém [1973]: “a verdadeira piedade garante a amizade”.
Apesar de já se encontrar previsto o comércio de bebidas em embalagens reutilizáveis e de produtos a granel, os consumidores ainda não beneficiam de um mercado que lhes permita adquirir, nestes moldes, produtos de limpeza e higiene pessoal, forçando-os a optar por novas embalagens e aumentando, assim, a sua produção de resíduos, colocando em causa as metas portuguesas da sustentabilidade.
De volta às páginas do Mensageiro para, como habitualmente, tecer algumas considerações sobre o que de pior, (ou de menos bom), com que, lamentavelmente nos vamos confrontando, dando desta vez uma especial atenção à situação dos milhares de imigrantes vindos da Ásia, criminosamente explorados por engajadores e “empresários” agrícolas, sem escrúpulos nem vergonha.
Culpados?
A senhora Rita das Arcadas de Baixo, uma viúva para os seus quarenta e tal anos, sem filhos, e que vivia sozinha, andava sempre irritada. E agora muito mais, porque, ainda há uma semana, na feira dos 30, comprou uma burrita para a ajudar nos trabalhos do campo; e melhor fora que não a tivesse comprado! Sempre evitava as estrondosas gargalhadas que, por causa da compra, ainda ecoam por toda a aldeia!
A declaração da cerca sanitária em duas freguesias do concelho de Odemira por causa do indicador de gravidade em relação à proliferação do Covid 19 se encontrar no vermelho mais aceso, trouxe para a ordem do dia a discussão sobre a exploração de imigrantes, o que já é grave, mas também sobre o tráfico de seres humanos (TSH), crime mais grave e que nos traz à memória a escravatura moderna, que nos envergonha como sociedade evoluída e respeitadora da dignidade da pessoa. É a ganância material a sobrepor-se à humanidade.
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), recentemente submetido a consulta pública pelo Governo, encontra-se organizado em três dimensões estruturantes: a Resiliência, a Transição Climática e a Transição Digital.
Ao que é público o PRR não agradou a diversas entidades públicas e privadas e aos diversos setores de atividade. Também no que concerne ao setor do Ambiente, nomeadamente aos resíduos urbanos (RU) a insatisfação existe e, nesse sentido, apresentaram a sua pronúncia entidades como a ESGRA – Associação para a Gestão de Resíduos Urbanos.
Os leitores façam o favor de desculpar o «disparatado» título desta crónica longe do cânone da educação recebida em casa e na Escola Primária da Estação debaixo dos auspícios da saudosa Mestra Dona Aninhas Castro.
Celebra-se a 15 de maio, o Dia Internacional da Família. Uma importante data para relembrar quão importante e decisiva é a Família para todos e cada um de nós.
Sabemos que a nossa felicidade e a felicidade da sociedade está intimamente ligada à prosperidade desta comunidade institucional conjugal e familiar. Deste modo, nos alegramos sinceramente com a estima que lhe é dedicada e com o respeito pela vida que dela é gerada e desenvolvida.
A vida está cheia de encontros e desencontros, de marcas e de sinais. É um facto! Há dias, num inesperado e inusitado encontro com um paroquiano, fui questionado sobre o sentido de vida e sobre o porquê desta maleita/peste ter levado consigo um ente querido. “Por que é que Deus permite isto? Onde está Deus? Esta pandemia é um sinal e um castigo de Deus”? Certamente cada um de nós ou já se questionou ou já foi questionado sobre este tema. A verdade é que falamos pouco da morte. Melhor dito, falamos sempre da morte do outro e nunca da nossa.
Bragança é um distrito com esperança. E o setor primário tem muito a ver com isso.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, que pode consultar nas páginas centrais desta edição, o número de Jovens agricultores a instalar-se no Nordeste Transmontano foi de 568 em dez anos (de 2009 a 2019). Pelo meio, vivemos os efeitos prolongados de uma grave crise financeira e do resgate da troika. Ainda assim, mais de meio milhar de jovens (a idade máxima para as candidaturas é de 40 anos) decidiu apostar na agricultura.
Será mais ou menos inevitável que Portugal venha a sofrer, no curto/médio prazo, em consequência da pandemia que enfrentamos, um agravamento da forte crise económico-financeira e, igualmente preocupante, da crise social já instaladas.
Numa excelente reportagem da jornalista Glória Lopes, que pode ler nas páginas centrais, quatro famílias do Litoral radicaram-se temporariamente em quatro localidades do concelho de Bragança, "depois de terem sido selecionadas num total de 1879 candidaturas no concurso Liberdade para Recomeçar lançado pela Câmara Municipal de Bragança, que usou este meio para convidar pessoas de outras regiões e do estrangeiro a vir passar um mês ao concelho com tudo pago para experimentarem a vida no Interior".